Postagens

Mostrando postagens de julho 12, 2025

Teu corpo, meu destino.

Imagem
  Te quero agora, sem relógio, sem tempo, sem medo, sem dúvida, sem freio... Te quero inteira, quente e entregue, como o sol deseja o mar ao fim do dia. Teus lábios são fogo que acende meu peito, teu cheiro, meu vício, minha perdição. Teu gemido é música que guia meus passos, e teu corpo... a estrada onde me perco sem volta. Cada curva tua é um segredo que desvendo, com a ponta dos dedos, com a sede da boca, e a cada suspiro que roubo de ti, mais eu sei... és meu tudo, minha louca. Me deixa te amar sem medidas, sem pressa, faz de mim tua casa, abrigo, teu céu, te quero em suspiros, gritos e sussurros, teu corpo no meu, um poema cruel. Cruel porque nos devoramos, porque não há amanhã, só agora, porque cada toque é fogo na pele, e cada beijo é promessa que implora. Te amar não é escolha, é destino, é desejo que me queima sem fim. E se o amor tem nome, tem rosto, tem pele... ele mora em ti. Te quero sem pressa, sem medo, sem fim, como se amar-te fosse a única verdade em mim. Teu corpo...

Poema- O anjo dourado.

Parece abrigo… Mas era só teto. Parece abraço… Mas era só pele com pressa. Parece amor… Mas era só a fome de não morrer sozinho. O mundo dança bêbado no salão da pressa. E há olhos cansados, Que esqueceram como se brilha. Choram flores nos quintais de concreto. A ferrugem já invadiu os beijos. E há quem diga que isso é normal… Mas em algum canto  Onde as janelas tremem sem vento  Um antigo viajante das alturas Sussurra fórmulas de esquecimento. Não diga o nome dele. Ele adora ser lembrado. Conhecido por muitos nomes, Tem horror a um só: amor. Ele é o primeiro órfão do Céu. O que cantava entre os astros… E caiu por desejar tronos. Hoje, caminha em becos que parecem avenidas. Oferece atalhos disfarçados de liberdade. E sopra dúvidas nas casas onde o silêncio deveria ser paz. Ele não destrói. Ele desacredita. Não grita. Ele desgasta. Oferece espelhos. Diz: Veja como você merece mais. Veja como ela mudou. Veja como o vizinho sorri mais que seu marido. Ele não separa com guerras. E...

Poema - País fantasmático.

Não sei mais se estou em mim Ou se fui vendido em algum discurso bonito Desses que prometem o céu E entregam um cinzeiro vazio. A praça virou palanque Mas ninguém ouve quando o povo grita Só ouvem o que querem… E dizem que é "pela causa" — como se a causa fosse santa. Me disseram que tudo ia mudar Que o vermelho era amor, igualdade, futuro. Mas o pão ficou mais caro, E o vizinho sumiu do bairro — foi morar na rua. Gritam contra o ódio com ódio nos olhos, Se dizem libertadores, mas só libertam os deles. Decretam quem pode falar, E nos chamam de fascistas por querer pensar. O poeta foi calado por um algoritmo, O agricultor virou vilão por plantar demais, O pai de família virou burguês opressor Por querer dar leite para os filhos — sem rótulo de governo. E eu aqui… Tentando me encontrar em um país que parece não se lembrar de mim, Que celebra bandeiras que nunca tremularam por nós, E pinta de arte o que é só escuridão. Gosto de São Paulo, de São João, Dos santos de pedra e do po...