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Mostrando postagens de janeiro 27, 2025

Adailson Pereira Sales

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Lágrimas secas.

No coração da noite vazia,   Onde o eco da esperança se perde,   Caminhos solitários à deriva,   Um sussurro de saudade que se encerra. Sombras dançam entre as paredes,   Memórias de risos, agora, dor,   O tempo se esvai, como o sonho,   E a alma, um barco sem leme, sem amor. As folhas, testemunhas do seu passo,   Caem lentas, como lágrimas secas,   O vento, cúmplice desse embaraço,   Sopra histórias, mas nunca as recupera. Vazio profundo, abismo sem fim,   A vida, um retrato desbotado,   Caminhos cruzados que não se encontram,   E um grito mudo, angustiado. Em cada esquina, um pedaço de mim,   Um fragmento que o tempo não levou,   Mas a vida avança, sem olhar pra trás,   E o abandono é um fardo que não se terminou. Assim sigo, na penumbra do ser,   Buscando vestígios de luz entre as sombras,   Mas o abandono total é me...

Dois guerreiros.

No vasto palco dos dias, sob a luz de um cometa, dois astros conflitam, um trovão e uma aurora. Ele, um vulcão em fúria, ela, a brisa serena, em tempestades de palavras, o céu se desarma.Ele, um titã que desafia os ventos, ela, uma estrela que pacifica a tormenta. No jogo de espelhos da vida, seu brilho se enreda, e o rugido do trovão silencia ao ver a verdade, plena.Então, no silêncio do crepúsculo, o jovem contempla, a sabedoria de sua irmã, a fonte da aurora. Em cada faísca de revelação, o vulcão cede, e a brisa, agora clara, mostra a estrela que sempre brilhou. ADAILSON PEREIRA SALES

Braços fortes.

No oceano vasto de esperanças e incertezas, Navega o destemido com o leme da determinação. Cada onda que se ergue, um gigante em fúria, Mas também uma chance de forjar seu coração.O caminho é uma trilha de pedras e espinhos, Montanhas de desafios, rios de dor, Cada passo firme é um gesto de arte, Transformando o sofrimento em um triunfo de valor.As nuvens escuras são cortinas densas, Que escondem a luz do sol, o farol das almas. O trovão que ressoa é apenas a orquestra, Anunciando que o destino é de quem se acalma.O vento feroz que uiva e desafia, É o sopro da vida, que a fibra desata. Cada rajada é um teste de bravura, Que molda o espírito e fortalece a jornada.A vida é um campo de batalhas, um campo de estrelas, Onde cada erro é um cometário de sabedoria. Os labirintos tortuosos e as sombras da estrada, São apenas caminhos na dança da ousadia.E cada queda é uma nota na melodia eterna, De uma sinfonia que só os audazes ouvem. O sucesso é a flor que a perseverança cultiva, Na terra fér...

Um Brilho perdido.

Em silêncio, guardo um amor escondido, Por uma mulher que nunca será minha, ela dança em sonhos, um brilho perdido, Seu coração é uma melodia, uma sina. Casada com o tempo, com o destino traçado, Ela caminha com passos firmes e serenos, enquanto eu, no ocaso, permaneço alado, Amando-a em silêncio, entrelaçado em venenos. Seus olhos são estrelas que nunca alcançarão, Seu toque é um desejo que se perde no ar, seu sorriso, um enigma que jamais desvendarei, e eu, em segredo, só posso admirar. O amor não correspondido é uma sombra constante, Um eco que ressoa, mas nunca se transforma em luz, Ela é a eterna musa, distante e fascinante, e eu sou o amante que nunca a conduziu. Em cada pensamento, em cada suspiro meu, A saudade se mistura ao sonho não vivido, amar alguém assim é um fado e um desafio, mas para sempre, ela será meu amor proibido .

A estrelas.

No silêncio da noite, eu caminho,   Passos ecoam, mas não há retorno,   Estrelas piscam, tudo é só carinho,   Mas na alma, um vazio que é um forno. A lua brilha em seu manto de prata,   Mas em meu peito, a sombra é companheira,   Sussurros de sonhos, a vida é ingrata,   E o amor distante, uma quimera.  Por entre as sombras, busco o afago,   Um olhar, um sorriso que abriga,   Mas sigo sozinho, neste desago,   Na dança da vida, a saudade me siga. ADAILSON PEREIRA SALES

Cada passo.

Quando o peso for demais E você pensar em parar, Eu estarei por perto. Não sei o que sente, Mas posso escutar.Se os dias parecerem sem cor E a escuridão te chamar, A gente pode andar devagar. Não prometo respostas, Mas não preciso delas pra te acompanhar.Não é sobre vencer de uma vez Nem encontrar uma solução rápida. É sobre cada passo, Mesmo que lento, Mesmo que sem força.Você é importante, Mesmo quando o mundo parece te ignorar. Há algo além desse momento, E não precisa caminhar sozinho. Eu estou aqui.

Ela não está na cidade.

 Sinto a distância, O tempo parece uma eterna dança. Cada passo teu, longe de mim, Mas meu coração insiste em te ouvir assim.Os ventos sopram segredos no ar, Mas nada consegue me afastar. Mesmo na ausência, sinto tua mão, Segurando firme meu coração.As noites são longas sem o teu olhar, Mas sei que um dia vais voltar. E aqui, no mesmo lugar, Vou ficar, vou esperar.Se o destino nos quer distantes, Ainda assim, seremos amantes. Porque não importa onde estás, Sempre vou te esperar, até o fim, jamais.

A criança que tem um castelo.

Há um reino secreto que só a criança enxerga, onde o céu se transforma em aquarela e se entrega. Os reis são feitos de risos que dançam no ar, e as estrelas, sussurros de sonhos a flutuar. O riso delas é ponte para mundos sem fim, Onde monstros viram sombras, medos em cetim. As cores? São chaves que abrem portas encantadas, e o azul é um sussurro de manhãs iluminadas. Elas dançam sobre nuvens de algodão doce, com pés descalços, onde a liberdade é o roce. No amarelo, há notas de uma música antiga, e no vermelho, o eco de uma saudade amiga. Se amam as cores, é porque entendem, enfim, que cada tom é parte de um sonho sem fim. O arco-íris não é trilha; é segredo guardado, Onde cada passo revela um desejo encantado. Inventam histórias que flutuam no ar, transformando o silêncio em barcos a navegar. Um desenho na areia que a maré leva embora, É um mapa do amor que nunca se evapora. No abraço apertado, o tempo faz curva, E o beijo é promessa que sempre nos observa. Se são tern...

A geometria dos mistério.

Foi na esquina do tempo que seu rastro nasceu, ou talvez fosse no ontem, que nunca aconteceu. Um sorriso? Um cometa? Ou miragem do chão? Seu olhar, um labirinto sem mapa ou direção. Chovia, ou fazia sol quando meu peito flutuou? Era o ar que tremia, ou foi você quem soprou? Seus passos eram notas ou ecos de um abismo? Ou seriam constelações no caos do meu abismo? Era flor ou espelho, o brilho em sua pele nua? Ou seria um eclipse, roubando luz da lua? No silêncio, ouvi gritos — mas eram melodias, ou seriam só memórias de antigas utopias? Seu rosto: um enigma, ou poesia em mosaico? Uma resposta ou pergunta, num universo caótico? E a voz, que me envolveu como o mar na areia, era cântico ou tormenta, traçando minha cadeia? Mas agora me pergunto, no fio da razão: Foi você quem me achou, ou fui eu a invenção? Pois amar você é isso: ser perdido e encontrado, ser o ponto sem início e o infinito traçado.

Fragmentos

No labirinto das horas, um astrolábio quebrado, ecos de um amor, um espectro entre os lados. Musa de um eclipse, que ora se fez luz, sorriso como a aurora, ofuscando a cruz. Mas o destino, artífice de teias finas, desfiou a trama com lâminas divinas. Despertar em sonetos, um murmúrio sombrio, promessas desenhadas em um silêncio vazio. Rios de estrofes, agora em desvelos, trovões distantes, ensurdecem os anelos. Nos braços de outrem, seus sonhos se ocultam, eu navego em mares onde os ecos se exultam. Letras, como constelações, se perderam no abismo, matemáticas de dores, traçam o cisma. A filosofia dança, mas sou sombra errante, viajante das brumas, no labirinto distante. E agora, quem sou eu, sem versos ou canções? Um navio à deriva, sem bússola ou razões. Na névoa da ausência, meu ser se desfez, Restam fragmentos de um amor que não fez.

Crescer entre montanhas e céus.

Em um dia nublado, um raio de sol brilha,   Carregando a esperança, como uma luz que brilha.   Mas às vezes, uma nuvem cinza se aproxima,   E o coração pesa, como uma sombra que se anima. A cidade é um quadro, com cores a dançar,   Cada canto é bonito, um convite para amar.   E quando os desafios surgem, como montanhas a escalar,   Lembro-me que sou um foguete, pronto para voar. A amizade é âncora em mares de incerteza,   E a inteligência é a luz que ilumina a beleza.   Às vezes a vida é um passeio no parque sereno,   Outras, um caminho árduo, mas sigo sempre pleno.

Árvore grande

Como uma árvore que se ergue ao céu,   Raízes firmes, um sonho tão belo.   Cada folha um passo, cada flor uma lição,   No solo da vida, cultivo a paixão. As tempestades vêm, mas não me abalam,   Cresço mais forte, as dúvidas se calam.   Com o sol no horizonte, sigo a brilhar,   Crescer é viver, e eu vou me encontrar.

A sombra perigosa

No labirinto das palavras não ditas,   onde a luz se oculta em sombras malditas,   cantos de almas que sonham e gritam,   mas muitos ouvidos, surdos, se agitam.   Poetas dançam nas cordas do silêncio,   tecem esperança em meio ao desconcerto,   mas o olhar cego não vê o encanto,   e o brilho da arte se torna quebranto.   Ah, como é triste ser incompreendido,   como um quadro que fica esquecido.   Palavras lançadas como pássaros ao céu,   buscando abrigo em um coração fiel.   Entre risos e lágrimas, a luta é constante,   o artista caminha, sempre hesitante.   E quando a crítica vem como uma tempestade,   é difícil manter a serenidade.   Mas entre as dores e as críticas vazias,   renasce a chama das novas poesias.   Cada verso é um grito de liberdade,   um eco profundo da própria verdade.   N...

Amanhecer interior.

Quando a noite é densa, e a luz se apagou,  E o peso da vida é um fardo a carregar lembre-se, querido, que a luta não acabou a esperança é um farol que te ensina a amar. As batalhas são duras, como tempestades no mar cada lágrima caída é um rio de dor. Mais no fundo da alma, há um fogo a brilhar, é uma chama da vida que resiste ao temor. Se o desespero grita em seu peito aflito, e os sonhos se escondem nas sombras do ser, olho para as estrelas, mesmo no infinito elas dançam na noite e você convidam a crer. Nos momentos mais sombrios, ergue-se uma mão,  as vozes que amam te rodeiam com calor. Você é precioso, não perca a razão a luz que existe em você é puro esplendor. Quando pensar em desistir do seu caminho, pense nas histórias que ainda vão florescer.  Cada batalha vívida é um passo de carinho, e a vida é um dom que vale sempre viver. As dores podem ser montanhas a escalar, mais sempre há um jeito de ...

Entre estrelas e silêncios

No ocaso da existência, onde sombras se entrelaçam em danças etéreas, um jovem sonhador, com a alma suspensa em abismos de balança. Ela era orvalho matutino em folhas de outono desgastadas pelo tempo, e ele um viajante perdido nas neblinas do efêmero trono. Corações como cometas, cruzando firmamentos fragmentados,   Ele a percebia distante, em sussurros do vento errante e descompassado. Um labirinto de estrelas onde o amor se disfarça em vestes de lamento, E ele, um alquimista das sombras, busca a essência que escapa ao momento. Os olhos dela são constelações em noites sem fim de opacidade pura, reflexos de promessas esquecidas em murmúrios de marfim que perdura. Mas as palavras tornaram-se ecos em cavernas de memórias esquecidas, e os sonhos se desvanecem como brumas contidas nas feridas. Entre pétalas de rosas que nunca foram ofertadas em rituais profanos, ele cultivava esperanças em horas desordenadas como planos insanos. Um amor como miragem em desertos de areia m...

Ecos de noves sombras.

Em um instante, o destino cruel desfez,   Nove almas dançantes, agora em silêncio profundo,   Como estrelas apagadas no vasto altivez,   Deixando um vazio imenso neste mundo. Ela caminha entre ecos, memórias de luz,   Sorrisos perdidos em névoas de dor,   O tempo é um ladrão que a esperança seduz,   Mas não há riqueza que cure esse amor. Nos braços da sombra, as lembranças se atam,   Um banquete de risos que nunca mais virá.   Dinheiro é poeira; a vida se desata,   E o coração clama por quem já não está. Mas há um caminho nas trilhas da saudade,   Cultivar suas vozes em gestos e canções,   Reescrever histórias com amor e verdade,   E acender a chama nas mais belas emoções. Nove flores murcharam no jardim da existência,   Mas em cada lembrança renasce a essência.   Na dor compartilhada, encontrará abrigo,   E entre as memórias, descobrirá o...

Lamento do coração

No espelho da alma, onde o tempo se desdobra,   Teu amor era um farol, mas eu não vi a obra.   Como um barco à deriva, perdida em mar profundo,   Naveguei em águas frias, sem saber amar o mundo. Teus olhos eram luas que iluminavam meu ser,   E eu, cega na bruma, deixei o amor perecer.   Agora o eco da dor ressoa em meu peito,   Um lamento silencioso que grita em desfeito. Como uma flor que murcha sob a sombra do outono,   Teu riso se esvai e eu me sinto tão tristonha.   A vida é um livro com páginas rasgadas,   Escrevi versos tristes com letras apagadas. Cada instante contigo foi um tesouro escondido,   Mas dancei nas sombras e perdi o sentido.   Lembro do cheiro da chuva e do calor do teu olhar,   Em cada memória guardada, um desejo de voltar. Se eu pudesse voltar no tempo e mudar a história,   Diria ao universo: “Tu és minha glória!”   Mas o desti...

A grande ponte.

Com cada palavra, um universo a abrir,   O professor é ponte entre o saber,   Com amor e paciência, ensina a persistir,   E em cada lição, faz o sonho florescer.   No olhar atento, brilha a esperança,   Desperta em cada mente a curiosidade,   E na sala de aula, dança a confiança,   Do conhecimento que traz liberdade.   Com mãos que moldam futuros brilhantes,   Eleva os alunos aos altos horizontes,   E deixa marcas que nunca se vão.   Assim, celebramos com gratidão   Os mestres que guiam por novos caminhos,   Transformando vidas em belos destinos. ADAILSON PEREIRA SALES

Como é uma mulher?

No teatro da efemeridade, a fêmea é quimera, um corpo em pétalas, beleza que serpenteia. Porém sob a luminância há dor e espinho oculto, Seres de olhos opacos ignoram o labirinto. A existência é um lamento melódico entrecortado,   Entre risos disfarçados e prantos enredados.   Mães e filhas são titãs em batalhas veladas,   O cosmos às vezes é penumbra entre jornadas. Quando o patriarca profere: Procura cura agora, verifica se és íntegra; a incerteza devora. Ah! Que quimera cruel, esse juízo tão vago! A essência não se mede em carícias de afago. A flor não clama ao ser desfolhada, E amor genuíno é quintessência da jornada. Almejam respeito nas sendas trilhadas, Que vislumbrem seu ser além das peles marcadas. Ansiando olhares que abarquem suas esferas, Que acolham suas feridas e transcendam as quimeras.   Homens aprendam a escutar com discernimento, compreender que amar é também um alicerce no vento. Assim dançaremos juntos esta narrativa ...

Amar como Cristo amou.

Nos teus olhos eu enxerguei um pedaço do céu, Um milagre que Deus colocou em minhas mãos. Sonhei com o dia de te chamar de minha esposa, De fazer do teu coração o meu lar, o meu porto seguro. Te amei com uma força que as palavras não podem descrever, Era como se o próprio amor viesse me envolver. Eu queria te amar como Cristo amou a sua igreja. Te honrar no altar, te chamar de minha mulher, Ser teu abrigo, ser fiel a ti todos os dias. Mas você se foi, e o que restou Foi um amor que o tempo jamais apagou. Queria escrever nossa história em versos de amor, Erguer um lar onde Deus fosse o autor. Te fazer sorrir nas manhãs mais serenas, Ser tua paz, teu refúgio nas cenas mais pequenas. Mas, como o vento que leva a pétala de uma flor, Você partiu e deixou em mim apenas o amor, Um amor que o tempo jamais apagou. Te amar era mais que um desejo, era fé, Uma promessa gravada no fundo do meu coração. Ouvi Deus me dizer que era pra eu te amar Assim como Ele amou a sua igreja, E eu te amei assim, s...