No coração da noite vazia, Onde o eco da esperança se perde, Caminhos solitários à deriva, Um sussurro de saudade que se encerra. Sombras dançam entre as paredes, Memórias de risos, agora, dor, O tempo se esvai, como o sonho, E a alma, um barco sem leme, sem amor. As folhas, testemunhas do seu passo, Caem lentas, como lágrimas secas, O vento, cúmplice desse embaraço, Sopra histórias, mas nunca as recupera. Vazio profundo, abismo sem fim, A vida, um retrato desbotado, Caminhos cruzados que não se encontram, E um grito mudo, angustiado. Em cada esquina, um pedaço de mim, Um fragmento que o tempo não levou, Mas a vida avança, sem olhar pra trás, E o abandono é um fardo que não se terminou. Assim sigo, na penumbra do ser, Buscando vestígios de luz entre as sombras, Mas o abandono total é me...