Caminhos de outono.

No outono, as folhas dançam, Em um balé de sonhos que se vão, O vento sussurra em notas suaves, Segredos perdidos em cada canção. Caminhos solitários eu percorri, Entre risos que ecoam no passado, As memórias são sombras distantes, Em um coração que ainda canta, cansado. A luz do sol se despede devagar, Pintando o céu de um laranja profundo, As estrelas, lágrimas de um dia que passou, Brilham no manto da noite fecundo. Sinto a brisa fria acariciar meu rosto, Como um abraço de saudade e dor, Cada folha que cai é um suspiro, Um testemunho do amor e da dor. Mas mesmo na tristeza há beleza, Um perfume doce da lembrança, Pois cada lágrima que escorre suave, É um poema escrito na esperança.