Entre fogueiras e máscaras.
Quando junho desperta e a noite se acende, O céu se enfeita, o coração entende: É tempo de festa, de laços e dança, De fogueira ardendo, de riso e esperança. As ruas vestidas de cores vivazes, Bandeirolas no vento, traçando os enlaces. O cheiro da terra, do milho, da lenha, Da roça, da vida que o São João desenha. O milho estala na brasa quentinha, Tem cheiro de canjica, quentão e farinha. Tem bolo de fubá, pé de moleque, Paçoca e cocada que adoçam a gente. O mugido do gado, o cantar da rolinha, O toque da sanfona que embala a festinha. A zabumba ressoa, o triângulo avisa, O forró se espalha na alma indecisa. Na quadrilha ensaiada, há respeito e calor, Cada passo ensina o valor do amor. O noivo atrapalha, a noiva se encanta, O padre improvisa, a festa levanta. Tem grito de "Anarriê!" e "Olha a chuva!", Depois "É mentira!", a plateia se anima. Tem correio elegante e bilhete atento, Tem moça corada, tem juras ao vento. As crianças br...