A Mulher.

"Essa é a história de uma mulher que ouviu homens dizerem que a virgindade deve sangrar. Esse mito não sai da cabeça deles.

'Você sabe, é assim que se prova a pureza', dizia um.
Outro acrescentava: 'Se não sangrar, não vale nada.'
Mas ela, perplexa, respondeu: 'E se a beleza do amor não se mede pelo sangue?'

'Como assim?', questionaram.
'Virgindade é mais do que um ato físico', disse ela.
'É uma jornada de autodescoberta e força. Não precisa de marcas para validar quem sou.'

Os homens a olhavam, confusos,
E ela continuou: 'O que importa é a essência, não as feridas. O amor não deve ser uma competição de dor. Então fiz esse poema aqui

A Flor e o Labirinto

No ocaso de um sonho desfeito,
Cresce a flor entre sombras e espinhos,
Sussurrando segredos em tom perfeito,
Em seu cálice, ecos de caminhos mesquinhos.

Sob o véu da noite, a jovem se enlaça,
Desabrocha em mistérios, guardando a dor.
No enredo dos amores, uma esperança,
Mas o olhar do jovem é um pesado clamor.

“Não se mede a essência pela ferida,
Nem pelo sangue que em lutas se esvai.
Sou labirinto de cores, alma erguida,
Não sou a prisão que a crença atrai.”

O príncipe busca pureza em grilhões,
Desconsidera o perfume que o ser exala.
Mas a flor resplandece em mil canções,
E em cada pétala, a liberdade se escala.

“Desfolhar é um gesto, não um grito,
Meu ser é um oceano, vasto e profundo.
A beleza não se oculta em mito,
Mas no amor que se atreve a ser fecundo.”

Em cada espinho, um conto silente,
Na fragilidade, a força a pulsar.
Coração que se entrega, valente,
E revela que amar é também desafiar.

Assim, na dança de luz e sombra,
Ela ergue sua voz ao céu estrelado,
E em cada verso, a verdade se assombra:
Virgindade é mais que um fardo sagrado.

No labirinto da vida, a flor resplandece,
Transcendendo o olhar que a não compreende,
Pois a beleza do amor nunca se esquece,
E em cada batida, a essência se estende.

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