Canção da cidade.
Há um perfume no ar que só aqui se sente,
mato, de chuva, de gente.
São João do Soter, tua alma é poesia,
Teu céu é um abraço, teu povo é alegria.
Nos brejos, o verde é um mar que nunca seca,
Os riachos cantam versos que o coração conecta.
Palmeiras de buriti, tão nobres e altaneiras,
Guardam o segredo das tuas manhãs primeiras.
No mês de junho, teu coração ganha cor,
É festa, é dança, é louvor ao Criador.
Bumba meu boi encanta, com sua magia,
E o som do forró aquece as noites frias.
O mingau de milho na mesa é tradição,
Sabor que alimenta a alma e a união.
E entre risos e cantos à beira da fogueira,
O povo celebra a vida de forma verdadeira.
Homens da roça, mestres do sustento,
Com a enxada e o sol, moldam o tempo.
E os jovens, no pau de arara, sonhadores,
Levam nos olhos um brilho de vencedores.
Casinhas simples guardam histórias tão belas,
Onde o amor mora nas coisas mais singelas.
Os pássaros despertam o dia com sua melodia,
E cada amanhecer é um presente de alegria.
São João do Soter, és chão que floresce,
Teu povo é raiz que nunca se esquece.
És dança, és canto, és um pedaço do céu,
Terra abençoada sob o Divino chapéu.
Que o mundo saiba da tua grandeza,
Do teu jeito simples, da tua pureza.
Quem pisa em teu solo jamais esquecerá,
São João do Soter, és lar, és lugar para amar.
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